domingo, 19 de junho de 2011

Estágio do Espelho segundo Lacan:


   O grupo apresentou sobre a visão do espelho segundo Lacan, fase que é vista como um investimento libidinal, fase esta que será a matriz das futuras identificações da subjetividade.
   A ideia é que o bebê conseguirá encontrar uma solução para um estado de desamparo por intermédio de uma “precipitação” pela qual ele terá como amadurecimento de seu próprio corpo, graças ao fato de que ele se projeta na imagem do outro (figura materna) e que se encontra como que por milagre diante dele. Essa precipitação na imagem do outro, é que leva o bebê a sair da sua prematuração neonatal, sendo que este movimento de precipitação, neste outro, leva o bebê a uma alienação. Esta alienação será necessária para a formação de um “novo” sujeito.

   O “falo” (falus, falta) da mãe é completado com o nascimento do filho. A mãe passa a lhe dar o “Objeto seio” para a satisfação do bebê no prazer da oralidade passando o bebê da natureza (instinto-animal) para a cultura (pulsão-homem). Estabelece uma “linguagem” com o “simbólico” de mãe. Este passa por um processo de “alienação” para se constituir como sujeito. Com o fim da fase oral (canibalesca 0 a 1,5 anos).

   O bebê antes do “Estágio do Espelho” (6 meses a 18 meses) não se vê como um corpo unificado, se sente como um corpo fragmentado. Sua mãe/seio faz parte dele e ela sente como se ele (filho/falo) fosse parte dela, passo anterior ao estágio do espelho, quando o corpo já está totalmente fragmentado.

  
Disso Lacan faz a bandeira de sua teoria do imaginário para o narcisismo, como momento primordial da constituição do “eu” por imagens, que se volta a teorização construída a propósito do estágio do espelho.

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